Ao pensar nas iniciativas estratégicas do Google em 2011, vejo que tudo gira em torno da comunicação móvel.
Chegamos ao ponto em que, computado o recurso de geolocalização do celular e o poder da plataforma de navegação do aparelho, é possível dar ao usuário informações personalizadas sobre onde está, o que poderia fazer ali naquele instante e por aí vai (e oferecer tal serviço em grande escala).
Mas, para que essa visão vire realidade, o Google precisa fazer o dever de casa em três frentes. Precisamos, primeiro, desenvolver redes de alta velocidade (as chamadas LTEs). Serão redes de oito a dez megabits - cerca de dez vezes mais do que hoje - que permitirão o surgimento de aplicativos originais, sobretudo de entretenimento e sociais, para essas plataformas de telefonia.
Segundo, precisamos investir no desenvolvimento do dinheiro móvel. O celular, como sabemos, faz as vezes de banco em muitas das zonas mais carentes do mundo - e a tecnologia moderna significa que seu emprego como instrumento financeiro pode ir muito além.
Terceiro, queremos aumentar a disponibilidade de smartphones de baixo custo nas regiões mais pobres do mundo. Podemos ver, literalmente, um bilhão de pessoas recebendo celulares baratos, com navegação por toque, nos próximos anos. Já imaginou como isso mudaria seu acesso a informações locais e globais e sua noção de educação? E esse será apenas o começo.
Eric Schmidt é presidente-executivo e do conselho do Google. Fonte: Harvard Business Review
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