sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ERIC SCHMIDT - Tecnologia

Ao pensar nas iniciativas estratégicas do Google em 2011, vejo que tudo gira em torno da comunicação móvel.

Chegamos ao ponto em que, computado o recurso de geolocalização do celular e o poder da plataforma de navegação do aparelho, é possível dar ao usuário infor­mações personalizadas sobre onde está, o que poderia fazer ali na­quele instante e por aí vai (e oferecer tal serviço em grande escala).

Mas, para que essa visão vire realidade, o Google precisa fazer o dever de casa em três frentes. Precisamos, primeiro, desenvolver redes de alta velocidade (as chamadas LTEs). Serão redes de oito a dez megabits - cerca de dez vezes mais do que hoje - que permi­tirão o surgimento de aplicativos originais, sobretudo de entreteni­mento e sociais, para essas plataformas de telefonia.

Segundo, precisamos investir no desenvolvimento do dinheiro mó­vel. O celular, como sabemos, faz as vezes de banco em muitas das zonas mais carentes do mundo - e a tecnologia moderna significa que seu emprego como instrumento financeiro pode ir muito além.

Terceiro, queremos aumentar a disponibilidade de smartphones de baixo custo nas regiões mais pobres do mundo. Podemos ver, li­teralmente, um bilhão de pessoas recebendo celulares baratos, com navegação por toque, nos próximos anos. Já imaginou como isso mudaria seu acesso a informações locais e globais e sua noção de educação? E esse será apenas o começo.

Eric Schmidt é presidente-executivo e do conselho do Google. Fonte: Harvard Business Review

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